Após uma ausência prolongada para férias aproveito o começo da época de frequências para reiniciar com os posts.
Nas férias tive oportunidade de visitar Madrid. Adorei!Percorri a cidade toda a pé (ao ponto de gastar a sola dos sapatos e chegar ao hotel com febre de tao cansada que estava).
Vi uma exposição extraordinária chamada "máquinas e almas" que combinava arte e tecnologia.
Nunca tinha visto nada assim. Achei verdadeiramente impressionante a forma como se pode fazer arte com conhecimento científico
Adorei os espelhos de Daniel Rozin feitos de lixo, CD's, lâmpadas, as esculturas de ferrofluído da Sachiko Kodama e as esculturas cinéticas de Theo Jansen.
Este video mostra algumas das obras da exposição.
Os cientistas que fizeram estas obras vêm definitivamente provar que ter um pensamento objectivo, característico das ciências, não é um impedimento para fazer arte.
Como achei a obra de Sachiko Kodama intrigante deixo aqui uma breve explicação sobre o líquido utilizado.
Um ferrofluído é uma mistura coloidal composta por particulas nanoscópicas de metais ferromagnéticos em suspensão e que reage fortemente na presença de campos magnéticos.
Sachiko Kodama aproveita as características deste líquido para fazer as suas esculturas, fazendo-as aparecer, desaparecer e modificarem-se sujeitas à acção de diferentes campos magnéticos.
O ferrofluído foi inicialmente desenvolvido pela NASA (em 1960) para tentar controlar combustíveis em gravidade zero. Este material é utilizado noutras áreas como a medicina (para detectar tumores estando a ser estudado tambem para os destruir), engenheiria, aparelhos electrónicos etc.